sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Há QUEM tenha girassóis suicidas...

Um dia sonhei ser agricultora ou, pelo menos, ter qualquer coisa a ver com plantas que crescem no solo.

Quando era pequena, já me divertia com algumas actividades que prediziam que ia ser uma grande lavradora...
Lembro-me, por exemplo, de coleccionar as minhocas que encontrava no quintal: escavava incansavelmente a terra castanha até as encontrar (as malandras escondiam-se de mim...)
Na altura, achava também que as batatas e outros vegetais se conservavam, descascados, em sacos de água que colocava no frigo.
Ainda me recordo de fazer umas sopas com legumes crus (miam-miam), que partia aos pedacinhos. Provavelmente, em vez de fazer chazinhos para as bonecas, era isso que lhes dava de comer (...talvez fosse uma tentativa de transferência psicológica, devido aos meus traumas alimentares infantis...).

Mas, na minha evolução nesta área do saber da humanidade, tive recentemente uma experiência interessante. Comprei um girassol (no Lidl, claro!) e coloquei-o no parapeito da janela, para apanhar sol. Que simpática! Assim se manteve alguns dias, com abundante rega (conforme as instruções incluídas), até que, achando que ainda não o tinha colocado completamente confortável, o mudei para o lado de fora da janela, para apanhar um bocadinho de ar. E fui olhando para ele, de vez em quando, contente pela ideia que tive.

De repente, vi a minha janela estranhamente vazia... Corri até ao vidro, mas tive medo de olhar para baixo. É que estou a viver num 5º andar, e há um passeio e um estacionamento à frente do prédio, para onde dá a já referida janela. Ups!... Estava estatelado lá em baixo, terra para um lado, vaso em cacos (felizmente, cacos de plástico), raizes expostas... Uma senhora apanhou-o e colocou-o fora de novos perigos. Neste tempo, fiquei a pensar em várias coisas: 1ª ufa!, não caiu em cima de ninguém nem de nenhum carro; 2ª estaria alguém a ver? 3ª será que se percebeu de ONDE caiu a malfadada planta? QUEM foi tão maltratante, que fez com que o seu girassol se suicidasse? Não quis ter respostas, pelo menos no momento. Demorei a decidir-me, entre a vergonha e o medo, a sair para avaliar o seu estado de saúde e prestar-lhe os primeiros cuidados. Desci, apanhei os cacos, varri a terra, e trouxe-o para casa.

A flor estava intacta (ehhh!), o tronco também (ehhh!), as raízes tinham sido decepadas a meio (---). Tentei então reanimá-lo: novo vaso, nova terra, mais carinho à janela, mas do lado de dentro, nada de novas aventuras. Ainda se manteve 2 ou 3 semanas, mas já estava desiludido com a dona, e a sua tristeza secou-o. Buááhhh....

Como conclusão, tive de repensar as minhas prioridades, os meus planos, e tenho-me dedicado aos cactos, desde então. Como picam, significa que não querem carinhos. É só deixá-los estar. E água, poucochinha, uma vez por semana, no máximo. Até agora, ainda andam por cá ;)

3 comentários:

macati disse...

pois... mas o mesmo aconteceu-me com um cactooooooo... onde estas tu pequeninoooo? levaram-no! snif

Nani disse...

És tu Rita???

Fernanda.

macati disse...

em resposta ao meu chocolate quente: se fores ao minipreço e procurares na secção do chocolate preto para culinaria, existem um pacotes (sacos) castanhos escuros com uma chavena branca e croissant de aspecto delicioso e diz TAZA chocolate QUENTE. segue a receita e nhamiiiii.... nao queimes é a língua ou o céu da boca... foi o q me aconteceu pois ja nao queria esperar mais...
:)